Nem só de pessoas que buscam um novo lar vive o mercado imobiliário. Afinal de contas, os investimentos no setor estão sempre em alta devido à segurança e à boa margem de retornos que esse tipo de aplicação oferece. Então, investir em imóveis se tornou uma das formas preferidas de muitos para construir um patrimônio sólido, pois une valorização, alta demanda e gráfico de investimentos diversificado.
A partir disso, um dos meios mais comuns de aplicar nesse mercado é comprando imóveis. Independentemente do objetivo — revender, alugar ou transformá-lo em renda extra — ainda existem aqueles que não sabem com comprar apartamento sem se endividar.
Com isso, elaboramos este conteúdo pensando em responder essa e outras questões. Continue acompanhando este post e confira as nossas dicas a seguir!
Organize suas entradas e saídas
Antes de tudo, a primeira coisa que você precisa fazer é controlar melhor o dinheiro que você ganha e gasta. Faça uma lista de todas as suas despesas mensais — mesmo as mais insignificantes — e determine quais são prioridades, como a água, eletricidade, telefone, supermercado, padaria, etc. e o que é supérfluo, a exemplo de bares, viagens, lojas de roupas, entre outros.
Com esse controle, conseguirá saber exatamente o que precisa ser eliminado. Em seguida, concentre-se nas prioridades e procure maneiras de economizar no consumo. Feito isso, procure aumentar suas entradas.
Caso não tenha disponibilidade de dedicar tempo para fazer renda extra, invista em crescer profissionalmente. Se especialize ainda mais em sua profissão para conseguir um aumento ou um cargo melhor.
Faça aplicações em investimentos seguros
Para você que não deseja assumir um compromisso financeiro de longo prazo, como pagar anos de parcelas em financiamento, é essencial investir o dinheiro desde já para comprar o apartamento à vista. Para conseguir isso, além de ter muita disciplina e dedicação, é fundamental conhecer melhores estratégias de investimento que gerem retornos maiores que a poupança e sejam igualmente seguros.
Algumas dessas táticas são os aportes em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), Tesouro Direto e Fundos DI com liquidez diária para que você tenha acesso quando quiser. Apesar de haver a cobrança do Imposto de Renda sobre esses investimentos, os lucros são maiores que a poupança, por isso vale a pena a longo prazo. Para deixar as economias equilibradas, mantenha 20% aplicado na poupança e 80% em renda fixa.
Lembre-se de fazer uma reserva para pagar os custos
Outro fator importante de comprar apartamento sem se endividar é lembrar que a aquisição de um imóvel vem com uma série de despesas. O indicado é guardar 5% do valor do imóvel para cobrir tais custos. No entanto, essa quantia pode variar de acordo com a região. Confira abaixo quais são eles.
ITBI
O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis é uma taxa cobrada pela prefeitura, cuja porcentagem varia. Normalmente, o valor representa 2% do preço do imóvel, mas caso a propriedade custe menos do que 73.256 reais, a prefeitura oferece um desconto.
Além disso, o ITBI não pode ser cobrado a partir do seu preço de transição, mas sim do seu valor venal. O primeiro é o preço de mercado pelo qual o imóvel pode ser vendido. O segundo é aquele em que foi realmente comprado.
Registro
Este documento é emitido em cartório e tem a função de provar quem é o proprietário. O valor cobrado é o resultado da soma de diferentes taxas, que variam de acordo com o estado e também podem considerar o preço do ativo.
Escritura pública
Este documento é emitido para quem paga a propriedade à vista. Para quem opta pelo financiamento, a escritura só é emitida após o pagamento da última parcela. Enquanto isso, o contrato de financiamento é válido como escritura.
Pequenas reformas
A casa adquirida pode ser nova ou usada, mas é certo que precisará de reparos e redecorações. O preço que você pagará depende muito do trabalho que será realizado, do material necessário, do tamanho e do tempo gasto. No caso de casa e apartamentos novos, é provável que você nem precisa fazer grandes alterações. Porem, não deixe de avaliar as diferenças de preço entre esses dois tipos de imóveis.
Conheça bem as alternativas de crédito imobiliário
Mesmo com possibilidades de juntar e pagar pelo imóvel à vista, ainda existem aqueles que preferem fazer um empréstimo bancário e quitá-lo com os retornos do novo investimento. Se esse é o seu caso, você precisa conhecer a fundo, quais são as linhas de crédito disponíveis e suas principais diferenças.
Os mais comuns são o SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário). O SFH, criado pela Lei 4.380/64, é o sistema de financiamento imobiliário mais utilizado no país. Ele utiliza recursos de contas de poupança, ou transferidos pelo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), para financiar a aquisição e construção de imóveis residenciais.
Para conseguir essa linha de crédito o valor do imóvel não pode ultrapassar 750 mil reais e os juros são, em médias, 12% ao ano.
Já o SFI, criado pela Lei 9.514/97, engloba os imóveis que não se encaixam nas normas do SFH no país. Ele utiliza recursos de grandes investidores institucionais, que possuem ativos significativos, não apenas no Brasil, mas em outros países: fundos de pensão, fundos de renda fixa, seguradoras, bancos de investimento. Ao contrário do SFH, não há limite de valor para os imóveis ou cobrança de juros.
Considere as diferenças de preço de imóveis novos e usados
Essa é uma questão que pode fazer toda a diferença no seu orçamento. As propriedades novas e usadas têm bons pontos, mas questões diferentes precisam ser avaliadas. No caso do usado, verifique as instalações hidráulicas, lajes, fiação elétrica, pisos, telhados, estrutura e revestimentos.
Mesmo que o valor da propriedade seja menor, esses reparos podem tornar o preço final muito caro. O novo geralmente está em boas condições e a vantagem é que você pode solicitar reparos que não estão de acordo com o contrato da empresa de construção. Outra opção é a propriedade na planta: como está em construção, tende a ser mais barata e valoriza muito após o trabalho finalizado.
Tais imóveis podem valorizar até 50%, mas o comum é ficar em torno de 30%. Também é importante mencionar que o preço dos imóveis pode mudar devido a mudanças na economia. Quando o mercado está indo bem, a tendência é aumentar e vice-versa.
Essas são as principais dicas de como comprar apartamento sem se endividar. Basta seguir as estratégias de organização financeira, conhecer os mais seguros e rentáveis modos de investimento, entender as diferenças entre os custos dos imóveis e as linhas de crédito disponíveis no mercado. Assim, seus investimentos trarão ótimos retornos.
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